Masturbação excessiva causa problemas de saúde?
Apesar de já lhe ter sido atribuída responsabilidade por mais de duzentas doenças, desde a tuberculose à depressão, actualmente sabe-se que a masturbação é perfeitamente inofensiva para a saúde, nem sequer contribui para o aumento de doenças contagiosas ou de disfunções sexuais. Quanto ao termo “excessiva,” será bom que se perceba que a masturbação se destina a obter prazer sexual de forma solitária, através de auto-estimulação, e que o “excesso” pode ser fruto da avaliação de outra pessoa (por exemplo, uma mãe acha excessivo o número de vezes que a sua filha é encontrada a masturbar-se), ou da própria pessoa que se masturba, não resistindo à tentação e achando excessivo o número de vezes que nela cai, sentindo-se culpada por isso. Mas é duvidoso que as pessoas se masturbem até ao sofrimento.
A masturbação pode tornar-se um vício que afasta a pessoa do convívio sexual com outra?
Mais que um vício, a masturbação pode ser um refúgio e uma alternativa para quem tem grandes dificuldades de relacionamento. Ou seja, não é a masturbação que afasta alguém das relações sexuais, mas as dificuldades de se relacionar que tornam a masturbação a alternativa viável. Existem autores que defendem que, além das orientações heterossexual e homossexual, existe a orientação auto sexual, das pessoas que preferem fazer amor consigo próprias.
Com que idade começa a masturbação?
A masturbação é praticada por crianças muito pequenas, que ao explorarem o seu corpo descobrem que é bom mexer “ali”. Porém, é a partir dos três a cinco anos que ela começa a ser mais frequentemente observada. Na puberdade e adolescência, sobretudo nos rapazes, ela é frequente.
Até que idade é normal a masturbação?
Existe a crença de que a masturbação é coisa de “solteiros” e que, arranjando parceira/o, ela deixa de fazer sentido. No entanto, apesar de normalmente haver um decréscimo das práticas masturbatórias quando se tem uma relação, muitos homens e mulheres continuam a masturbar-se pela vida fora. Enquanto a partilha sexual deve implicar um controlo que respeite o desejo da outra pessoa, as suas inibições e preferências, na masturbação é-se livre de dar largas à fantasia sem limites, independentemente da disponibilidade sexual da outra pessoa. Tal como gostar de companhia não exclui que, em certos momentos, se aprecie estar sozinho, também uma relação não exclui necessariamente o prazer solitário.
O que se deve fazer quando se apanha uma criança a masturbar-se?
Em primeiro lugar, o que não se deve fazer:
Não se deve pensar que a criança é anormal ou perversa
Não se deve assustar ou culpabilizar ou castigar a criança
Não se deve convencê-la de que, a continuar, ficará doente.
A masturbação infantil faz parte da descoberta do próprio corpo, que a criança pode fazer com alegria ou com medo.
No entanto, tal como em todos os outros aspectos da vida e de acordo com a idade, a criança precisa de aprender a comportar-se de forma socialmente aceitável e a controlar-se quando não está sozinha.
Muitos indivíduos se masturbam compulsivamente a ponto de se acostumarem ao movimento, à pressão e ao jeito de se masturbar que, quando têm relações sexuais, não conseguem sentir o mesmo prazer. Esses indivíduos estão viciados e, para ter uma relação normal, têm de reaprender a sentir prazer.
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